Mapeamento Participativo De Políticas Públicas De Segurança Pública no “quarteirão do perdeu”.

set 24, 2017

Você já ouviu falar no Quarteirão do Perdeu? Localizado no Ingá-Niterói (RJ) aos arredores da faculdade de Direito, Praça da Cantareira e campus universitário da Biomedicina, dentre outras referências, a região divide opiniões quanto a existência predominante de violência local. Enquanto instituições policiais demonstram o baixo número de registros relacionados aos logradouros considerados perigosos a imprensa e as redes sociais bombardeiam notícias de vitimização nas redondezas que vão desde assaltos até tentativas de estupro. Com o intuito de mapear os elementos causadores do sentimento de insegurança no “PERDEU”, a Ilumina lançou ano passado um questionário on-line de vitimização.

Trata-se de uma pesquisa dividida em duas partes: a primeira consistindo em recolhimento de material disponível acerca da dinâmica de relacionamento entre a população e órgãos de segurança e discussão sobre métodos e técnicas  etnográficas para a realização da segunda parte da pesquisa. Esta última caracterizada pela realização de mapeamentos participativos de políticas de segurança pública, onde se pretende fazer extensivo uso da metodologia etnográfica da observação participante. Dos filtros para realizar a pesquisa sobre o “quadrilátero do perdeu”, alguns foram:

• Palavras chaves: “assalto”, seguida das ruas que formaria o perímetro “do perdeu”.

• Período: Década de 2010

• Matérias digitalizadas

O quadrilátero do perdeu foi delimitado como, sendo o perímetro formado pelas ruas: Avenida Visconde de Rio Branco, José Bonifácio, Professor Lara Vilela, Presidente Pedreira, Visconde de Morais, Professor Hernani Melo.

Adianto que está sendo feito, complementarmente a construção desses dados, uma busca a eventuais informações do 12º Batalhão de Policia Militar (12º BPM), Instituto de Segurança Publica (ISP) e Disque-Denuncia sobre ocorrências registradas nestas agências, relacionadas ao já demarcado “quadrilátero”. Os dados resultantes destes esforços subsidiarão a realização do trabalho de campo, uma vez que a equipe de pesquisa poderá avaliar se há correspondência entre estes as impressões dos moradores, como também de transeunte contumazes destes logradouros públicos. A idéia, portanto, é contrastar os discursos e representações observados em campo e os dados construiudos a partir dos registros das agencias oficiais. Interessa, por fim, fazer um breve censo sobre possíveis propostas apresentadas pela população para os problemas vivenciados.

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